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Compreendendo os acontecimentos de 11 de Setembro
Será que nos estão a dizer a verdade sobre os atentados ao WTC?


Antes de tudo, gostaria que o leitor percebesse que não possuo informações secretas ou documentos desviados, acerca dos acontecimentos horriveis de 11 de Setembro em Nova York. Escrevo este artigo enquanto viajo, sem alguns dos meus livros de referência, estou a trabalhar a partir de reportagens das televisões americanas e artigos que algumas pessoas me enviam via net. O que nós vamos fazer com este artigo é examinar os acontecimentos como se investigassemos um mistério de um assassinato: quais os cenários possiveis? Quais as pistas relevantes? Qual dos cenarios se ajusta aos factos?

Não estou a reclamar a veracidade desta analise, sò estou a pedir que considerem a possibilidade. Vou tentar dar a minha percepção dos acontecimentos o que quer dizer que todas as afirmações não são factos estabelecidos. Este artigo representa a minha opinião em relação aos "cenarios mais que prováveis". Devido á profundidade do material muitas das representações serão abreviadas. Recomendo, no fim do artigo, uma lista de leitura para todos aqueles que queiram investigar com maior profundidade.

Tanto quanto sei, o cenario apresentado pelos EU - governo - média - elites estabelecidas, pode estar correcto. Talvez os ataques tenham sido desferidos com uma chocante surpresa e a resposta americana foi decidida precipitadamente em consequentes reuniões de emergencia . Mas este cenário deficiente pode levantar muitas questões ...


(1) Horas depois dos ataques disseram a todos que o FBI já sabia quem eram os homens que desviaram os aviões e que tinham ligações com Bin Laden. Se isto é verdade como é que permitiram que comprassem bilhetes com os seus nomes verdadeiros e viajassem juntos num voo comercial? Um dos suspeitos que comprou um bilhete com o seu verdadeiro nome, segundo uma estação de televisão, está na lista dos mais procurados pelo FBI! E apenas uma semana antes o proprio Bin Laden teria ameaçado que um grande alvo americano seria atacado. Será que a segurança era assim tão relaxada?

(2) No primeiro dia de cobertura televisiva parecia existir uma grande lacuna nas reportagens que recebiamos. Porque é que não soubemos nada acerca dos controladores de trafego aereo , e as suas tentativas para contactar os aviões? Não seria um drama perfeito para a T.V.?..." Voo 11, por favor contacte. Voo 11, estão me a ouvir?" Porque é que não nos disseram nada acerca dos caças no ar, e as tentativas para interceptar os aviões desviados?

No dia 15 de Setembro o New York Times publicou uma "explicação" dos acontecimentos escrita por Mathew Wald, o qual dizia que alguns caças tinham realmente descolado. Mas porque é que tudo isto foi omitido das primeiras notícias? A cobertura inicial parecia orquestrada para nos dar a impressão de que ninguem sabia o que se estava a passar até o primeiro avião atingir o W.T.C..

(3) Até a explicação do N.Y. Times não faz sentido. Os seguintes excertos são de uma análise do artigo de Jared Israel, o qual pode ser encontrado no site http://emperors-clothes.com/articles/jared/treason.htm

"Numa analise ao pesadelo do 9-11, a qual venho a preparar, algumas das questões que eu levanto são: como poderia um terceiro avião permanecer no ar quase uma hora depois de dois aviões desviados terem atingido o W.T.C e não serem interceptados pela força aérea de defesa interna? Como é que poderia voar até ao Midwest, dar a volta e voar para Washington, para atingir o Pentágono, sempre sem problemas?"
"Aparentemente ocorreu a alguem lá nas alturas que nas pessoas normais possam ocorrer tais pensamentos, foi por esse motivo que o artigo do N.Y.Times foi publicado, com a intenção aparente de esclarecer tais duvidas."

"Mas a cura é pior que as duvidas. Uma coisa é dizerem que não descobriram o avião. Mas outra, como dizia este artigo, que o avião foi descoberto e monotorizado a partir do momento em que ele deu a volta até atingir o Pentágono, mas no entanto nada foi feito, "por eles não saberem o que fazer" - isto é simplesmente inacreditavel.

"Se eles sabiam que o avião vinha a caminho, porque não o obrigaram a aterrar ou, falhando isso, abatê-lo? Antes que diga “eles não fariam tal coisa”, repare que seja lá quem foi que editou o artigo do N.Y. Times, deixou la a mesma sentença, tendo em conta o quarto avião, aquele que eles nos dizem, despenhou-se na Pennsilvânia."

"Paul Wolfowitz, o secretario da defesa adjunto, disse hoje que o Pentágono estava a seguir o avião e que poderiam abate-lo se necessario, despenhou-se cerca de 35 minutos depois do terceiro avião atingir o Pentágono."

"Então se eles poderiam ter abatido o quarto avião, porque é que não abateram o terceiro? Porque é que não abateram os primeiros três aviões ou pelo menos o segundo e terceiro aviões? Uma vez que eles sabiam que aqueles aviões eram pilotados por suicidas que os tinham desviado, o que esperavam que eles fizessem, atingir o W.T.C. e o Pentágono? Ou uma central nuclear?"

(4) Se os ataques realmente foram de surpresa total, deveriamos esperar uma confusão inicial aos mais altos niveis governamentais. Deveriamos esperar que alguns dias passassem até que fossem reunidas informações e consideradas opiniões. Em vez disso, nós vimos uma resposta final e coerente no espaço de horas. No espaço de um dia ou dois os responsáveis já eram conhecidos , 40 biliões de dolares foram cedidos pelo congresso, uma longa guerra é anunciada , dizem-nos que vai haver cortes na liberdade civil, e o senado Norte Americano aprova a "Acta de Combate ao Terrorismo de 2001". E alguns dias depois, foi anunciado um fundo de varios biliões de dólares para safar as companhias de aviação.

Existem outras objecções ao cenário oficial, mas eu não quero provar que esse cenario esteja errado. So quero expressar a dúvida, sugerindo que outros cenários talvez mereçam consideração. Quando se procura a identidade de um criminoso, como todos sabemos dos inumeros dramas misteriosos, devemos procurar um motivo, oportunidade e "modus operandi"- bem como as provas fisicas e circunstânciais. Para o cenário que quero que considere, vamos começar com o “modus operandi” ou o” comportamento habitual do sujeito”.

História americana – uma série de “incidentes” suspeitos que levaram os EU para a guerra.

Fazendo uma retrospectiva na história, vamos descobrir que sempre que os EUA entraram numa grande aventura militar, isso foi desencadeado por um acidente dramático, o que suscitou na opinião pública um sentimento arrasador a favor de uma acção militar. Estes incidentes sempre foram aceitos por aquilo que pareciam quando ocorreram, mas em todos os casos viemos a descobrir, mais tarde, que os incidentes eram altamente suspeitos. Em todos os casos, a acção militar subsequente serviu apenas os desígnios geopolìticos de uma elite.


História dos E.U.A - Uma série de suspeitos 'incidentes' anti-guerra


Consideremos, a titulo de exemplo o incidente do golfo de Tonkin, o qual deu ao presidente Lyndon Johnson uma boa desculpa para aumentar as pressões para a guerra com o Vietnam. Supostamente, nesse incidente, um barco Norte Vietnamita teria lançado torpedos com vista a afundar um navio de guerra americano. E hoje em dia é aceito, pela maioria dos historiadores, que o ataque não se chegou a efectuar, e que Johnson tinha intenções de aumentar as pressões desde o princípio.

Um dos meus correspondentes na Internet sumariza a questão da seguinte forma:

- “O governo dos EU mentiu ao povo americano acerca dos seguintes acontecimentos. Cada um destes incidentes levaram os EU para a guerra…

"1898 - ELES MENTIRAM acerca do afundamento do barco de guerra Maine (guerra hispano-americana)

1915 - ELES MENTIRAM acerca do navio oceânico Lusitania (I Guerra Mundial)

1941 - ELES MENTIRAM acerca do ataque a Pearl Harbor (II Guerra Mundial)

1964 - ELES MENTIRAM acerca do caso do Golfo de Tonkin (Guerra do Vietnam


Na cobertura dos média aos recentes ataques ao WTC, a comparação com Pearl Harbor tem sido frequentemente feita. Milhares de militares morreram em Pearl Harbor e milhares de civis morreram nos ataques ao WTC. Em ambos os casos, o povo americano sentiu-se ultrajado e em choque profundo. Em ambos os casos a opinião pública era a favor da retaliação e de apoiar totalmente o seu presidente fosse qual fosse o rumo a tomar. Em 1941, como agora, qualquer sugestão de que o governo já saberia dos ataques, e que os poderia ter evitado, sempre foi visto com uma raivosa descrença pela maioria dos americanos. Apesar disso, as provas parecem agora favorecer a prespectiva de que o presidente sabia do emergente ataque a Pearl Harbor e que poderia ter montado um sistema de defesa eficaz.

Quando os Japoneses começaram a ameaçar o Sudoeste Asiático, Roosevelt congelou todos os fundos japoneses em bancos americanos, resultando num corte nos seus abastecimentos de petróleo. Isto foi considerado um acto de guerra pelo Japão, e a retaliação já era esperada pelos planeadores americanos. Enquanto a frota japonesa se aproximava de Pearl Harbor, os serviços secretos ingleses e americanos já sabiam dessa aproximação. O primeiro ministro Winston Churchill notificou o seu comandante no Pacífico que os japoneses se dirigiam para Pearl Harbor. Roosevelt, por outro lado, não notificou os seus comandantes, enviou os seus navios mais estratégicos (os porta- aviões) para o alto mar onde estariam a salvo e avisou os postos de observação da ilha de Kauai que se mantivessem inactivos.

Parece que Roosevelt intencionalmente preparou o palco para um ataque “surpresa”- chocando a nação e instantâneamente mudando a opinião pública do não-intervencionismo para o fervor da guerra. Eu estou a sugerir que este cenário deve ser considerado no caso dos recentes ataques ao WTC e ao Pentágono. Por mais inacreditável que pareça, este é o cenário que condiz com o modus operandi das elites governantes americanas. Estas elites mostram-se sem escrúpulos para com as vidas civis no Iraque, Rwanda, Jugoslávia, e dezenas de outros paises em todo o mundo. Será tão surpreendente que eles poderiam sacrificar alguns milhares de civis americanos se considerassem isso necessário de forma a continuar com os seus objectivos geopoliticos?

Vamos agora considerar em detalhe os possíveis motivos para tal cenário.

O capitalismo global em crise


O capitalismo deve ter crescimento e mudança de forma a poder funcionar. O motor do capitalismo é movido pelos ricos investidores que põem o seu dinheiro na economia para aumentar a sua riqueza. Se a economia não oferece oportunidades de mercado, os investidores retiram o seu dinheiro e o sistema colápsa. Um pequeno colápso é uma recessão, e um grande colápso é uma depressão. A história do capitalismo está pontuada destes colápsos.

O capitalismo nasceu em conjunto com a revolução industrial nos finais de 1700 na Escócia e no norte de Inglaterra. Antes desse período as sociedades não eram baseadas no crescimento. Certamente haviam aqueles que faziam tudo para enriquecer. Mas as economias como um todo não precisavam do crescimento para funcionar. As sociedades eram dominadas por elites aristocratas, e as suas riquezas eram medidas por quantas terras possuiam ou quantos camponeses lhes cultivavam as terras. Tais elites estavam mais preocupadas com a estabilidade do que com a mudança, mais preocupadas em manter as suas terras do que com o crescimento económico.

Quando apareceu a revolução industrial tudo começou a mudar. Com a máquina a vapor e outras tecnologias, tornou-se possivel para um investidor enriquecer muito rapidamente. A nova elite começava a surgir, na sua maior parte inventores, industriais, banqueiros, e comerciantes. Estas são as pessoas que construiram as fábricas, investiram nelas, e encontraram formas de pôr os seus produtos no mercado.

Os interesses da nova elite chocaram com os da antiga elite aristocrata. Estes ultimos favoreciam a estabilidade e leis que asseguravam essa mesma estabilidade. Por outro lado, a nova elite queria mudança e crescimento - eles queriam criar novos produtos, construir novas fábricas, e capturar novos mercados. Enquanto a riqueza aristocrática se baseia na posse de terras e estabilidade, a riqueza industrial baseia-se em investimento, desenvolvimento, mudança e crescimento.

Este novo tipo de economia baseado em investimemto e crescimento, é o capitalismo. E a elite que vai aumentando a sua riqueza através da mudança e do crescimento é a elite capitalista. No principio, o capitalismo coexistiu com a aristocracia, competindo pelas leis da sociedade. Então na Grã-Bretanha, e mais tarde noutras nações a elite capitalista acabou por ganhar. As leis, economias, e sociedades foram transformadas para favorecer o capitalismo e o crescimento sobre a estabilidade e a posse de terras. A banca, os sistemas monetários, e os impostos foram re-arranjados para forçar os negócios a buscar o crescimento, quer queiram quer não.

Ninguem pode negar que o capitalismo trouxe muitos benefícios para algumas pessoas. A América é baseada no capitalismo desde os seus primórdios e a riqueza e prosperidade americanas são lendárias. Mas existe um problema fundamental com o capitalismo. Como é que é possivel para uma economia crescer sem parar? Como é que se obtêm crescimento contínuo num mundo finito? Em ultima análise, o capitalismo é sustentável.

De facto, o primeiro objectivo de todas as nações que adoptaram o capitalismo foi o do crescimento contínuo. A história dos séculos XIX e XX tem sido basicamente a história de como essas nações competiram pelos mercados e recursos para manter o crescimento. Os nossos livros de història falam-nos de causas nobres e inimigos maléficos, mas na verdade todas as guerras, a partir de 1800, foram por causa da competição entre grandes potências pelo crescimento económico.

Antes do capitalismo, as nações construiam impérios porque algums indivíduos ou os Reis eram ganânciosos e queriam mais territórios e riquezas. Depois do capitalismo, as nações criaram impérios megalómanos. Se eles não expandissem os seus mercados e não tivessem acesso aos recursos as suas economias atingiriam o colápso. No final de 1800, quando o capitalismo industrial começou a acelerar, isso foi acompanhado por uma expansão sem precedentes do imperialismo numa escala global.

De 1800 a 1945 o sistema mundial foi vítima da competição das grandes potências por impérios, de forma a premitir o crescimento capitalista. Em cada império existia uma nação-mãe que governava sobre os territórios periféricos. Estes eram explorados de forma a fornecer o crescimento económico necessário para a nação-mãe. As populações da nação-mãe eram convencidas através de propaganda, que eles estavam a ajudar a periferia a desenvolver. Esta propaganda era mentira. Os factos eram a supressão, exploração, e a prevenção de um desenvolvimento saudável por parte da periferia, para permitir que o capitalismo florescesse nas grandes potências.

Em 1945 este sistema global foi radicalmente mudado. Sob a liderança americana , com a ajuda de incentivos e coação, um novo paradigma de crescimento capitalista surgia. Em vez de capitalismo competitivo foi instituido um regime de imperialismo cooperativo. Sob a protecção dos militares americanos, o chamado “mundo livre” foi aberto à exploração do capitalismo em geral. Isto levou ao surgimento de imensas corporações multinacionais que já não estavam limitadas a crescer numa única nação. Este novo sistema pós-1945 foi inventado de forma a criar mais uma rodada de crescimento para o capitalismo.

Sob o sistema pós-1945, parte do esquema era fornecer prosperidade para a classe média Ocidental. Na Europa, nos EUA, e também no Japão, as populações experimentaram uma prosperidade sem precedentes. O imperialismo cooperativo forneceu imenso espaço de crescimento capitalista, e a riqueza estava a ser dividida entre as populações da nação-mãe.

Mas não importa que sistema se use, o crescimento, eventualmente pára nos limites desse sistema. E o sistema pós-1945 não foi excepção. Nos principios de 1970 a máquina do crescimento começou a abrandar. As recessões começaram a substituir a prosperidade. E como consequência a elite capitalista global criou, entretanto, um novo sistema que oferecia mais uma rodada de crescimento capitalista. Este novo sistema tem o nome de “neoliberalismo”, e foi criado sob os auspícios de Ronald Reagan nos EUA e Margaret Thatcher no Reino Unido.

O propósito do neoliberalismo era roubar a riqueza das prósperas nações capitalistas e transferir essa riqueza para a elite capitalista e para as corporações que eles possuiam ou controlavam. É isso que são as privatizações, desregulações, e outras “reformas” assim chamadas. Mais ainda, visava retirar poderes á democracia em si - porque era nas nações democráticas que as leis implementadas estavam a limitar os poderes das corporações. Qualquer limitação ao poder de uma corporação é uma limitação à sua capacidade de crescer. E a única coisa que o capitalismo não tolera é a limitação de crescimento. Para o capitalismo é uma questão de vida ou morte.

Mais uma vez, como SEMPRE acontece, o sistema neoliberal começou a perder espaço de crescimento. Neste caso, o sistema forneceu mais ou menos 10 anos de crescimento, na década de 1980. E assim chegamos à era da GLOBALIZAÇÃO.

A propaganda diz-nos que a globalização é simplesmente a continuação das tendências “naturais” da tecnologia, a troca e o comércio. Isto não é verdade. A globalização representa uma mudança radical e intencional na política, seguida pela elite capitalista global.

A globalização resume-se a quatro mudanças radicais no sistema mundial. Estes são: (1) a destabilização e a remoção da soberania das nações – estados Ocidentais, (2) a criação de um governo mundial essencialmemte fascista sob o controlo directo da elite capitalista, (3) a grande aceleração da exploração e a supressão do terceiro mundo, e (4) a gradual degradação das condições de vida Ocidentais até niveis de terceiro mundo. Desta forma, as elites capitalistas esperam conseguir mais uma rodada de crescimento.

Durante a maior parte da década de 90 a globalização foi agindo de forma quase desapercebida por parte da população mundial. A OMC (Organização Mundial do Comércio) e o FMI (Fundo Monetário Internacional) começaram a expandir os seus tentáculos de poder, sem publicidade. Os lideres governamentais de todo o mundo, sob a pressão das elites capitalistas, estavam silenciosamente a entregar a sua soberania às novas instituições globais. Quando falaram da globalização nos média, foi descrita em termos propagandísticos como a partilha do “progresso” com os pobres do mundo. Mentiras como é costume da elite capitalista e dos meios de comunicação que eles controlam ou possuem.

Até que em Dezembro de 1999, o povo do mundo começou a acordar. As manifestações de Seattle marcaram o inicio de um novo movimento global. Na verdade devemos reconhecer que já existiam algums sinais do movimento, na Europa e no Terceiro Mundo. Mas foi quando o movimento atingiu os EUA que se tornou “real” aos olhos do mundo. Desde Seattle que o movimento tem vindo a crescer numa escala global.

O movimento ainda não tem objectivos bem definidos, mas é um movimento muito promissor e muito radical. É baseado num claro reconhecimento do facto de que o capitalismo global está a levar-nos para a tirania e para desastres ecológicos. O movimento não tem uma estrutura organizacional clara, factor muito promissor. A natureza descentralizada do movimento aponta para um novo tipo de Democracia enraízada, local e genuina – Democracia que não está sujeita às manipulações das elites como têm sido as nossas democracias Ocidentais com as suas maiorias “forçadas”.

Tendo apresentado este panorama histórico (muito abreviado), posso agora descrever a natureza da “crise global do capitalismo”. Por um lado a elite capitalista precisa acelerar o andamento da globalização de forma a continuar a fornecer espaço para o crescimento de capital. Por outro lado, a população mundial, mais notada no Ocidente, começa a opôr-se ao perigoso e sinistro caminho da globalização. A elite sabe que à medida que o caminho da globalização se vai fazendo, cada vez mais pessoas se irão opôr. A crise da globalização é uma crise de controle populacional que requer o controlo dos povos na Europa e na América.

As pessoas do terceiro mundo foram sujeitas a séculos de tirania imperialista, o que tem sido possivel devido à repressão exercida pelas forças militares Ocidentais. Se os povos do Ocidente se levantarem em oposição à globalização, então a hegemonia das elites capitalistas será ameaçada.


ESTA É A CRISE DO CAPITALISMO GLOBAL.
“Guerra ao terrorismo”


- A solução para a crise do capitalismo
(ao escrever esta secção eu cito frequentemente o Los Angeles Times de 21 de Setembro.)

É uma lista muito compreensiva. Bush tem um cheque em branco para fazer o que ele quiser, onde ele quiser, usando os meios que ele quiser. Ele já tornou claro que será firme e que continuará a usar o cheque em branco por muito mais tempo. Depois disto, não se sabe onde tudo irá parar. Neste caso, é instrutivo observar os precedentes históricos.

Pearl Harbor suscitou a ira dos americanos contra os Japoneses… mas logo que o cheque em branco foi assinado, foi a Europa que recebeu a maior parte da atenção militar americana. Logo depois do navio militar Maine explodir (já sabemos que foi de explosão interna), a sede de vingança traduziu-se numa captura imperialista das Filipinas. Por outras palavras, sempre que um destes incidentes ocorria, o modus operandi dos EUA era preseguir os objectivos mais importantes para eles – independentemente do incidente que levara ao cheque em branco.

O objectivo mais importante da elite neste momento da história é a preservação da regra da elite global, a aceleração da globalização, e a supressão do movimento anti-globalização. Eles têm que lidar com a crise do capitalismo global.

Desta perspectiva, o verdadeiro significado da “guerra ao terrorismo” torna-se claro. Premitam-me especular que este cenário está prestes a revelar-se…

Quase todos os países do terceiro mundo têm um(s) grupo(s) étnico(s), locais, que está a lutar contra um governo dictatorial geralmente implantado pelos EUA. Todas as pessoas destes grupos podem ser chamados de “terroristas”. Desta forma, Bush pode sempre intervir, onde ele quiser, por qualquer razão e chamar-lhe parte da “guerra ao terrorismo”.

No Médio Oriente, Balcãs, Asia Ocidental os EUA vão continuar o processo de transformar a maior parte da região num reino imperialista ocupado, como vemos hoje o Kosovo. O Afeganistão ocupa uma posição geopolítica muito estratégica, e bases militares que serão importantes num futuro confronto com a China. Aquela região tem vastas reservas de petróleo e minerais, o controlo destes recursos será muito importante quando as reservas globais começarem a escassear.

Mesmo sem o encorajamento dos EUA, devemos esperar respostas terroristas aos bombardeamentos indiscriminados que vão assolar o Afeganistão e “sabe-se lá onde”. Qualquer acto terrorista, nesse momento, só irá galvanizar a opinião pública Ocidental ainda mais, aumentando o crédito do cheque em branco.

Até mesmo o Greenpeace e outras organizações progressivas, já estão a ser categorizadas de “medianamente-terroristas”, no léxico do FBI. E o movimento anti- globalização está incluido nessas organizações, pois realmente ameaça a elite capitalista global. Tacticas com agentes provocadores já foram usadas contra o movimento, desde Seattle a Génova que os meios de comunicação têm vindo a retratar o movimento como sendo essencialmente violento. Quando Collin Powel fala em “outras formas de terrorismo”, parece claro que o movimento será reprimido numa escala global. O fascismo aberto que nós vimos em Génova, continuará a levantar a sua cabeça feia nos EUA, Alemanha, Reino Unido, em todo o lado. A paranóia de ala direita acerca dos campos de concentração dirigidos pela FEMA, muito cedo deixaram de ser uma paranóia.

George Bush sénior anunciou uma nova ordem mundial, e parece que George Bush júnior está determinado a completar a sua implementação. Com um cheque em branco para dominar o globo militarmente, e para suprimir o povo americano em nome da “segurança”, quase nada parece impedi-lo. Isto não significa que o movimento desista. Significa que o movimento tem de saber que o jogo não está a ser jogado pelas regras. O que não significa violência, pelo menos pela parte do movimento. Significa antes que o inimigo não é nada mais nada menos que o fascismo global. Quanto mais cedo nos apercebermos disso e nos organizar-mos de acordo com isso, teremos a oportunidade de mudar alguma coisa, pelo menos enquanto estamos vivos na terra.


rkm
Copley Square
Boston, Usa
25 settembre 2001



Bibliografia