Autismo:


Como a incidencia cresce,
Possiveis Respostas e Soluções Emergentes

Por Peter Chowka



(15 Maio, 2003) - O Autismo é definido como “uma desordem neuro-desenvolvimental caracterizada pelo enfraquecimento nas relações sociais, linguagem, e pela presença de um comportamento repetitivo e estereotipado. Isto não deve ser confundido com retardo mental, desde que pessoas com autismo podem ter um alto Q.I. Escrevendo recentemente na revista “Alternative Medicine Review“, Parris Kidd, PhD relata, “Indivíduos adultos com autismo tem um resultado de vida que varía da dependencia completa até (raramente) ao emprego bem sucedido.


Ainda mais alarmante é a descrição do autismo por Walter Spitzer, um importante médico epidemiólogo Canadense: em seus casos mais severos, ele disse: uma pessoa autista é “uma alma morta num corpo vivo“.


Nos últimos anos, a incidência de autismo cresceu em todo o mundo. Os números exactos são imprecisos mas o instituto Nacional da Saúde estima que pelo menos 400,000 Americanos são diagnosticados com autismo. ( A circunstância é cerca quatro vezes mais prevalente em indivíduos machos). Entretanto, em 1999 um relatório do Departamento de Serviços de Desenvolvimento da California (DDS) estipulou um numero muito mais alto - mais de 1,5 miliões. Este mês, um novo relatório sugere que o aumento na incidência de autismo está atingindo porporções alarmantes.

Cliff Allenby é o Director do DDS da California. A agência fornece serviços e apoio a crianças e adultos com deficiências desenvolvimentais. Em 13 de Maio, Allenby publicou uma “mensagem do Director “ a qual foi manchete nacional. Ele observou que um novo estudo descobriu que o autismo duplicou na California nos últimos três ou quatro anos. O “autismo“, Allenby escreve, “é a rápida e crescente deficiência a cargo do Departamento de Serviços de Desenvolvimento, atingindo mais de 21,000 pessoas na California e representando aproximadamente 100% de aumento do número de casos desde 1999. “O novo relatório é a continuação de um estudo publicado pelo DDS em 1999, que relatou bem 237% de crescimento no número dos casos do autismo entre 1987 e 1988. Em vista do novo quadro, o autismo na California cresceu 634% entre 1988 e Dezembro 2002.


Segundo o Associated Press, “esta desordem é actualmente, mais prevalente na California que o cancer infantil, diabetes e sindrome de Down.“



O Link da Imunização ao Autismo


Não surpreendentemente, o problema do porque a incidência do autismo é crescente é controversa. Alguns observadores, como o Centro Nacional de Informação de Vacinas, supõem que existe uma associação entre autismo e certas imunizações, particularmente a quase universal MMR(sarampo, caxumba, rubeola). A evidência foi publicada na literatura científica reforçando aquele ponto de vista, incluindo um tanto debatido artigo na revista The Lancet em 1998.


Alguns observadores viram um paralelo entre o agudo crescimento do autismo e o aumento do número de vacinas dadas às crianças antes de completar dois anos, tipicamente 30 ou mais diferentes vacinas. E ainda, durante os anos que as taxas do autismo estavam começando a mostrar um aumento precipitoso, muitas vacinas incluiram o conservante thimerosal, que contém uma forma de mercurio altamente tóxica, o ethilmercurio.


Em Abril de 2001, o Comitê de Reforma Governamental da Casa dos Representantes dos EUA levou dois dias de especiais investigações e audições sobre o autismo incluindo neste problema a possível associação com as imunizações. O Representante Dan Burton, presidente do Comitê da Reforma Governamental até Janeiro 2003, tem um pessoal interesse sobre o autismo - o seu neto foi diagnosticado autista. Entre 2000 e 2002, Burton presidiu cinco comitês de audições sobre o tema (veja links abaixo), refletindo seu usual método de ataque incluindo uma abertura às idéias e terapias não-convencionais. Numa audição de 2002, Burton disse em sua declaração de abertura, “Meu único neto tornou-se autista de frente aos meus olhos - logo após ter recebido uma dose de vacina recomendada pelo governo federal e mandada pelo estado. Sem uma plena explicação do que estava sendo dado na injecção, meu neto Christian, saudável, extrovertido e brincalhão foi sujeito a um alto nível de mércurio através de suas vacinas. Ele ainda recebeu a vacina MMR. Dentro de alguns dias ele estava mostrando sinais do autismo.“


A possível associação do autismo e vacinas continua impopular:
Segundo um artigo do “Dr. Walter Spitzer, um médico Canadense que seria considerado o “presbítero“ da epidemiologia, entrou para o áspero criticismo para dizer poderia haver uma ligação entre a vacina contra o sarampo, caxumba e rubeola (MMR) e o autismo.“ Depois, Spitzer escreveu um artigo para o The Daily Mail (UK) sobre o “escandalo“ do debate da vacinação e o autismo: “A coisa mais importante que eu aprendí nos últimos 18 meses é que o autismo é uma doença terminal. Crianças autistas nunca serão curadas ou, ao menos, muito raramente por serem uma curiosidade médica. Se o efeito da MMR fosse a morte, o interesse seria muito, muito maior, mas é uma morte diferida - e nos casos mais severos o autismo é, uma alma morta num corpo vivo - por isso não gera o interesse que deveria.“


A aceitação da hipótese do autismo provocado pela vacina parece estar ganhando força. No primeiro fim-de-semana de Maio, um encontro de três dias na universidade de Loyola em Chicago, organizado pelo Autism One, levou pesquisadores, clinicos, activistas, e o Representante Burton, que então presidia o Sub-comitê da Reforma Governamental em Direitos Humanos e Bem-estar. Segundo um artigo da UPI sobre a conferência, os participantes “disseram que a crescente evidência indicava que as vacinas são ligadas ao aumento da taxa dos problemas cerebrais e que as agências de saúde governamental tem feito pouco para reconhecê-lo“. Na conferência, Burt disse, “Eu espero que alguém indague o problema, “ existe um conluio entre as companhias farmacéuticas e nossas agências de saúde? A aparência em muitos casos é que existe“.


Em Chicago, Burton publicou um relatório feito pelos membros do seu sub-comitê, “Mercurio em Medicamentos - Tomando Riscos Desnecessários“, o resultado de uma investigação de três anos iniciada pelo Comitê de Reforma Governamental.“ Uma versão formatada de Microsoft Word do sumário do relatório, descobertas e recomendações pode ser descarregada do Web site de Burton.



A Medicina Alternativa Complementar (CAM) e Autismo


Em 2002, Parris Kidd, PhD, examinou o campo e escreveu dois longos artigos sobre o autismo e publicou na revista científica Alternative Medicine Review (vol. 7 no.4, e vol. 7 no.6). Em “Autismo, um desafio extremo para a medicina integrativa, Parte 2: administração médica, “o segundo artigo, que enfoca o tratamento, Kidd escreve “A medicina convencional tem largamente negligenciado os indivíduos autistas e suas familias“.


A Medicina Alternatica Complementar (CAM), portanto, disse para ajudar pessoas com autismo. Kidd revisou muitos dos métodos da CAM que mostraram alguns sucessos. Um dos pioneiros de tais terapias é DAN! (Defeat Autism Now! - Derrote o Autismo Agora!) - um colaborativo network fundado em 1995 por Bernard Rimland, PhD, fundador e director do Autism Research institute, (Instituto de Pesquisas do Autismo) e 29 outros cientistas, pais e médicos. Segundo Kidd, “DAN! Apoia o actual consenso dos pesquisadores que o autismo é primeiramente organico em origem, enquanto entendido que muitas das suas características atendem às intervenções psicológicas.


“Entre os médicos que conhecem bem o autismo“, Kidd escreve, “há um forte consenso que modificando a dieta e o sistema gastrointestinal, prepara o caminho para o sucesso de outros tratamentos, portanto deveria vir primeiro. Os páis acham que, pela regularização exacta da dieta de sua criança, eles podem observar melhoramentos, e que quando constritores dietéticos não são administrados, a criança frequentemente piora. O reconhecimento nos últimos anos de um eixo gastro-imune-cerebral da patologia ajuda ainda esta prioridade“.


Kidd identifica aditivos alimentares, corantes, adoçantes artificiais e conservantes; alimentos caseinados e glutinados; e muitos outros alimentos como associados com o autismo ou um agravante dos seus sintomas, incluindo ovos, tomates, berinjela, abacates, pimentas, soja, e milho.


Na categoria de “Nutrientes que muito Provavelmente Beneficiam o Autismo“, Kidd identifica multiplos suplementos vitaminicos e minerais; vitamina B6 e magnésio (“tomados juntos, o estudo parece estabelecer que a vitamina B6 pode beneficiar tanto quanto a metade de crianças e adultos com autismo, e que a eficácia e a segurança são melhoradas quando combinadas com magnésio“); a dimetilglicina, o ácido fólico, o calcio, a vitamina B3, a vitamina C, o zinco, ácidos graxos essenciais, a vitamina A, a taurina e glutamina.


Kidd relata que os médicos que utilizam a medicina alternativa complementar e integrativa propõem que corrigir as anomalias gastrointestinais e eliminar a toxicidade dos metais pesados é também aconselhável.



Post scriptum: Solicitada a atenção do Governo Federal


O Representante Burton citou o novo estudo da California sobre o aumento da taxa do autismo numa carta ao Presidente Bush em 15 de Maio. Na carta (uma versão formatada de Microsoft Word pode ser vista aqui - em inglês), Burton, escreve como o presidente do Sub-comitê sobre Direitos Humanos e Bem-estar, e recomenda que Bush convoque uma conferência da Casa Branca sobre o autismo “para confrontar o problema Nacional do autismo.“ Burton escreve, “O autismo é uma doença devastante que já alcançou proporções epidêmicas neste país, e o problema continua a crescer. A conferência da Casa Branca sobre o autismo poderia acelerar um esforço Nacional para achar a causa ou causas últimas do autismo, e posteriormente indicar uma cura para esta terrível doença, assim como esforços para desenvolver novos serviços para ajudar as familias de crianças autistas a enfrentar-se com os muitos desafios que encontram na vida quotidiana.“


Comentando a carta de Burton, Sherri Tenpenny, indica os custos de tratar o crescente número de crianças autistas. “Tomam estes números“ ela observa (referindo às 20,000 crianças autistas somente na California e talvés dez vezes maior o número de casos Nacional), “o custo dos cuidados - aproximadamente $2-2,5 miliões/criança - e sabemos que a maior parte destas crianças usam o plano de saúde Medicaid e algumas o Medicare, e isso se transforma num custo federal. Isto poderia chamar a atenção de Bush e também do Congresso“.


“O que faremos com estas crianças quando elas serão adolescentes e suas familias não poderão mais cuidar ou controlar-lhes em casa? Muitas são fortes, grandes e violentas, ainda que como pequenas crianças. Onde elas serão abrigadas? Quem pagará as suas contas? Pior ainda, um grande número destas crianças atingirão a puberdade em cerca 15 anos, o pico de quando as pessoas dos anos do baby boom começarão a ter doenças crônicas tais como o mal de Alzeheimer...


“Este problema necessita ser largamente visto por todas as pessoas. E também que existem tratamentos para estas crianças que funcionam, e não estão sendo pagas pelas seguradoras. Este é um problema complexo que necessita da atenção pública.“



Para maiores informações,

The Autism Research Unit
University of Sunderland, UK

Transcripts of hearings on autism (2000-2002) held by the Committee on Government Reform of the US House of Representatives:

Vaccines and the autism epidemic: Reviewing the federal government's track record and charting a course for the future
Dec. 10, 2002

The status of research into vaccine safety and autism
June 19, 2002

The autism epidemic - Is the NIH and CDC response adequate?
April 18, 2002

Autism - Why the increased rates? A one-year update
April 25 and 26, 2001

Autism: Present challenges, future needs - Why the increased rates?

April 6, 2000